DIRCE & HELO
(Luiz Otávio Pimentel, Rio de Janeiro, 1971, 16 min)

Na rua, dois rapazes se encontram. O filme se encaminha para sugestões homoeróticas de delicadeza e violência.

ORA BOMBAS OU A PEQUENA HISTÓRIA DO PAU, BRASIL
(Fernando Beléns, Salvador, 1981, 4 min)

Entrevista com um órgão genital brincando com a censura da ditadura militar aos telejornais. Inspirado no conhecido episódio do Riocentro.

PÓ E MANDALAS
(Paulo Barata, Salvador, 1977, 10 min)

Sol, areia, exuberância dos trópicos. O poeta cria imagens belas e propõe pó e mandalas.

O REI DO CAGAÇO
(Edgard Navarro, Salvador, 1977, 10 min)

O ato de defecar, filmado de forma explícita e impactante, introduz a história paródica de um manifestante que evacua em várias instituições baianas. Obra máxima do realizador, das mais consensuais.

EXPOSED
(Edgar Navarro, Salvador, 1978, 7 min)

Fogo, retratos velhos e queimados da vida familiar, cães copulando, figuras da era política da ditadura militar. O poder armado, viril, fálico. Obra-prima da vertente experimental superoitista.

AGRIPPINA É ROMA-MANHATTAN
(Hélio Oiticica, Nova York, 1972, 16 min)

Na imponente arquitetura de Manhattan e Wall Street, como numa Roma neoclássica, mulher de vermelho e personagens airosos tentam a sorte, postados ambiguamente entre o mais mundano afã e alguma transcendência mítica.

AMSTERDÃ ERÓTICA
(Paulo Bruscky, Amsterdã, 1982, 4 min)

Amsterdã, cidade que povoava o imaginário erótico adolescente dos anos 70, é vista por meio de vários objetos comezinhos de desconcertante presença fálica.

ELETROS, O GRANDE MONUMENTO
(José Araripe Jr, Salvador, 1981, 21 min)

Filme ainda inédito, em que um personagem vivido por Edgard Navarro sofre situação opressiva envolvido com uma fabriqueta de estátuas.

COSTUMES DA CASA
(Jorge Mourão, Nova York, 1977/1980, 9 min)

Um fio de emoção em contraluz. Gozo apesar da tortura. Contraste entre a resistência à repressão e à censura e, não obstante, o tesão solto, falante.