(Argentina/Espanha – 2007 – Projeção Digital, 86 min)
DIREÇÃO: Lucía Puenzo
ELENCO: Ricardo Darín, Valeria Bertucceli, German Palacios, Carolina Peleritti
ROTEIRO: Lucía Puenzo
PRODUÇÃO: Luís Puenzo, Jose Maria Morales
FOTOGRAFIA: Natasha Braier
EDIÇÃO: Alex Zito, Hugo Primero
MÚSICA: Andrés Goldstein, Daniel Tarrab
Lucía Puenzo estreia na direção de longa com um drama de tema difícil e tratamento sensível e emocionante, conquistando logo de cara para o Prêmio da Crítica no festival de Cannes de 2007, entre outras láureas internacionais, e tornando-se o candidato oficial da Argentina para a corrida ao Oscar 2008 de filme estrangeiro. Pode ser questão hereditária, já que Lucía é filha de Luíz Puenzo, que conquistou o mesmo Oscar em 1986 pelo drama político “A História Oficial”. O roteiro agora é mais íntimo e reservado. Como o título já evidencia em seu código genético, o protagonista do filme, Alex, nasceu com características dos dois sexos. Os médicos passaram muito tempo tentando consertar a ambiguidade genital do garoto, o que levou sua família a se mudar para um vilarejo no Uruguai, reclusos numa casa em meio às dunas. Alex está agora com 15 anos, e sua família recebe um dia a visita de um casal de amigos. Com eles, vem o filho adolescente, de 16. Ao mesmo tempo em que os dois jovens se sentem atraídos um pelo outro, o pai visitante é cirurgião esteta e se interessa pelo caso clínico de Alex.