(Canadá/Irã/Inglaterra – 2008 – 74 min)
DIREÇÃO, ROTEIRO: Tanaz Eshaghian
PRODUÇÃO: Christoph Jörg, Alexandra Kerry
MONTAGEM: Sandy Patch
MÚSICA: Henning Lohner
A diretora e roteirista Tanaz Eshaghian é de origem iraniana, mas se mudou aos seis anos para Nova York. Desde que se formou em cinema, ela se debruça sobre a realidade dos cidadãos iranianos em seu país ou a dos imigrantes, geralmente discriminados nos Estados Unidos. Aqui, ela lança um olhar íntimo e provocador sobre a vida no Irã a partir de um grupo que vive à margem da sociedade: oven iranianos que escolheram se submeter a uma operação de mudança de sexo. No Irã, essa intervenção cirúrgica é legal há cerca de vinte anos, desde os tempois do aiatolá Khomeini, mas apenas para “transexuais diagnosticados”. A homossexualidade, por sua vez, continua sendo punida com a morte. A cineasta acompanha vários jovens antes, durante e depois do processo de operação. O longa conquistou três prêmios no festival de Berlim 2008: menção honrosa do júri do Teddy (dedicado aos melhores filmes de temática LGBT), o prêmio dos leitores da tradicional revista gay alemã Siegessäule e uma menção especial da Anistia internacional.