O workshop propõe uma reflexão crítica sobre as práticas de produção e linguagem no cinema contemporâneo, enfatizando a interseccionalidade como chave para entender e transformar as narrativas audiovisuais. Abordando questões de raça, gênero, classe e sexualidade entrelaçadas nas estruturas de poder da indústria cinematográfica, bem como suas implicações na representação e na recepção do público.
Victoria Negreiros é diretora e roteirista brasileira nascida em Salvador e radicada em São Paulo. É formada em Audiovisual pela Universidade de São Paulo, tendo estudado também na Université Paris 8 – Arts, Philosophie et Esthétique. Victoria dedica-se à pesquisa, escrita e direção de projetos com intersecções de identidades queer e gêneros cinematográficos, tendo colaborado, entre outros, com o desenvolvimento de projetos para players como Netflix, Star+, HBO e Paramount, em parceria com produtoras como Boutique Filmes, Cinefilm, Café Royal, Porta dos Fundos e Chatrone Latin America. Atualmente trabalha como Coordenadora de Desenvolvimento na Maria Farinha Filmes, produtora líder na América Latina focada em filmes e séries de entretenimento de impacto. Seu primeiro curta-metragem, que co-dirigiu e co-escreveu com Julia Fávero, “Como respirar fora d’água” (2021), foi exibido em festivais de diversos países, tendo ganhado prêmios nacionais e internacionais.
Tiê Villares é produtora e roteirista não-binária. Sócia da Volta Filmes, produziu o longa-metragem “Criadas”, dirigido por Carol Rodrigues, o curta “The Farm” (co-produção Inglaterra) e está desenvolvendo “Experiências Incômodas em Dias Nublados” (Prêmio Paradiso 2022), “Eu Roubei a Chuva Por Amor” (vencedor de diversos prêmios, incluindo melhor roteiro no FRAPA) e “Starvideo” (Prêmio Jorge Portugal e participante Kinoforum). Tiê especializou-se em desenvolvimento de projetos, trabalhando e participando ativamente com longas e séries em iniciativas como BrLab, Sundance Collab, Incubadora Paradiso e Diaspora Lab. Também trabalhou como pesquisadora e assistente de roteiro no longa-metragem “O Clube das Mulheres de Negócios”, de Anna Muylaert. Em 2023, fundou o selo “Revolta”, um braço da Volta Filmes focado em capacitação profissional e financiamento de oportunidades criativas.
