Em sua pesquisa criativa recente, Marcos Serafim explora as interseções entre subjetividades queer e os impactos da computação, das redes digitais e do legado midiático da crise do HIV/AIDS na formação de identidades políticas dissidentes. Nesta investigação poético-filosófica, Serafim aborda as dinâmicas da pós-verdade explorando o vírus e o viral, a morte e a sexualidade, e revelando como sistemas tecnológicos e narrativas midiáticas informam potenciais políticos. Suas obras recentes Autoimune e Membrana Semipermeável questionam a permeabilidade dos limites entre identidade, memória e os efeitos de estruturas computacionais corporativas, utilizando IA para a geração de vídeo, e viabilizando tensões críticas entre corpo e código, desejo e sobrevivência, penetrante e penetrado.

Sobre Marcos Serafim

Marcos Serafim é um artista e pesquisador brasileiro que explora a materialidade do dado, da mídia e das imagens através de uma prática audiovisual expansiva. Movendo-se entre documentário e experimentação, seu trabalho investiga relações entre tecnologia e subjetividades dissidentes, com foco em narrativas queer e a crise do HIV/AIDS. Exibições incluem a 5ª e 6ª Bienal do Gueto (Haiti), instituições como o EMPAC – Experimental Media and Performing Arts Center, o MOCA North Miami e o Queens Museum (EUA), e festivais como o doclisboa (Portugal), Courant/Immersity 3D (França) e Crossroads-Cinemateca de São Francisco (EUA). Serafim é professor de Fotografia, Vídeo e Imagem na Universidade do Arizona (EUA).